Pequenos pormenores, os passos para a excelência


Lia no outro dia, no blog do meu amigo Peter, que "o que custa é...começar!". Na generalidade o tema retratava a 'magia' de correr, os primeiros passos na corrida e como ultrapassar este desafio com uma fantástica e firme atitude; com este artigo alargo o âmbito a outros desportos.

Integrar uma nova actividade desportiva no dia a dia de uma pessoa pode ser algo 'sempre' desafiante. Este desafio pode ser mais radical e puxar para fora da zona de conforto ou transformá-lo num evento divertido e relativamente fácil de integrar.

Quando é divertido e fácil nem sequer chamamos de desafio, muito menos o consideramos como tal, no entanto quando é algo que leva a saltar para fora da zona de conforto é aí que se pode trabalhar uma nova abordagem de encarar a situação.

A técnica que sugiro é dar um novo significado às situações mais desafiantes, possibilitando expandir a zona de conforto e deixando então de ser um desafio.

Desconfio, no meu mapa mundo (na minha forma de ver as coisas), que quem inicia uma actividade desportiva, ou mesmo qualquer outra tarefa, com a atitude de "que o custa é..." pode ter realmente de fazer um esforço acrescido. Talvez esta possa ser alterada para uma atitude de "entusiasmo em relação a...", e a tarefa tornar-se mais fácil. Eu explico.
Neurologicamente, "custa" é logo à partida uma âncora de arrasto ou peso que pode ser largado. "Custa mesmo começar!" poderá ser descartado com uma atitude mais leve como: "Hoje estou mesmo entusiasmado em começar a...!" ou "Hoje é um belo dia para fazer..."

Na observação e contacto com os mais diversos tipos de atletas, já pude constatar que a mais pequena diferença desta atitude, é o suficiente para o que pode ser um treino "normal", ou mais uma "boa" prova, num treino "excepcional" ou mesmo numa prova "excelente".

E se hoje o pequeno peso do "custa" ainda reside na mente, com o hábito e a consistência, durante o treino este vai desaparecer.



É nos detalhes, nos pormenores, por vezes mais pequenos, que inicia o desvio da linha do grande atleta, da linha do atleta de excelência. Chamo-lhe o super poder dos detalhes ou pormenores.

Bons inícios, bons treinos, bons pormenores, boas resignificações...

Alexandre Caramez, Maratonista e Practitioner Programação Neurolinguística LT/ITA

O que não aprendi na escola


Num filme de Almodôvar um personagem diz: “ Somos tanto mais verdadeiros quanto mais próximos estamos dos nossos sonhos”. Pois é nesse estado, ser verdadeiro, que o Paulo gosta de estar.

Depois de formação em engenharia em Portugal e Dinamarca, fez carreira internacional na gestão de marketing e formação/coaching de vendas, numa multinacional, trabalhando e vivendo em vários países da Europa e América do sul.
Já em Portugal estudou PNL, é Master Practitioner, certificado pelo ITA de John Grinder e Coaching na Lifetraining, onde é formador e coach.


"Definitivamente há coisas que não aprendi na escola. Dessas coisas, muitas aprendi há muito pouco tempo, umas fui aprendendo sozinho com a experiencia da vida e a maioria aprendi com a sabedoria e a partilha das pessoas que me rodeiam.
Na escola gostava de ter aprendido a fazer perguntas pois davam muito valor às respostas. Aprendi com o tempo que se aprende com as perguntas muito mais do que com as respostas.

Gostava de ter aprendido a focar-me na estrutura dos assuntos mais do que nos seus conteúdos pois replicando estruturas tenho grandes probabilidades de replicar resultados.

Gostava de ter aprendido a dar e a receber feedback, a maioria das vezes o feedback eram as notas. Não aprendi que o feedback é a anulação do erro, é a forma de aprender o que não fazer ou como se pode fazer de outra maneira, obtendo provavelmente outros resultados.

Na escola não aprendi, e gostava de ter aprendido, quanto é importante aprender a reconhecer precocemente o que nos dá prazer, o que tem verdadeiro significado e ao mesmo tempo nos desafia. Gostava de ter aprendido a fazer as perguntas que me levariam a dar sentido e razão de ser às minhas escolhas, conhecer o meu propósito de vida.

Gostava de ter aprendido quanto é importante aprender a desenhar estruturalmente objectivos e logo de seguida a ligar-me emocionalmente a eles, liga-los a um propósito pessoal, dar-lhes sentido e razão de ser. Gostava de ter aprendido que com objectivos definidos os caminhos são mais claros. Não aprendi que o que nos afasta dos nossos objectivos são as “histórias” que contamos a nós mesmos…

Gostava de ter aprendido a focar-me no que realmente interessa, no que depende de mim e que isso é o caminho dos campeões. Gostava de ter aprendido que quando me foco no que não depende mim ou não controlo me faz perder energia.

Gostava de ter aprendido que uma “má” escolha é melhor do que uma não escolha. Aprendi muito mais tarde que aquilo que hoje pode parecer uma má escolha pode ser mais tarde avaliado como uma excelente escolha e vice-versa.
Não aprendi que posso condicionar/escolher o meu estado emocional potencializando comportamentos catalisadores de resultados desejados.
Gostava de ter aprendido a reconhecer as necessidades básicas dos outros em vez de os julgar ou fazer juízos de valor, classificar o bem e o mal, o certo e o errado, e que ao satisfazer essas necessidades iria ter mais facilmente a colaboração dessas pessoas.

Gostava de ter aprendido que é perigoso ter muitas certezas e que o que parece impossível é o que pode apenas demorar mais a acontecer.

A boa notícia é que tudo o que não se aprende na escola se pode aprender mais tarde.
A fantástica notícia é que posso partilhar tudo o que aprendi na escola e fora dela com o meu filho, com as outras pessoas e deixar que escolham o que, nas suas avaliações, lhes pode ser mais útil."

Paulo Espírito Santo, Coach e formador LIFE Training

Artigo previamente publicado no blogue: http://www.oquenaoaprendinaescola.blogspot.com/

Check points para garantir o bom caminho



A três meses do final do ano, o que vão responder os seus colaboradores às perguntas:
• Estamos a ser eficazes e eficientes nos nossos resultados e planeamento?
• Estamos a otimizar o uso dos nossos recursos para o alcance das nossas metas?
• O que posso ainda fazer diferente para garantir resultados de sucesso?


Outubro pode ser uma excelente altura para medir resultados e redefinir estratégias, envolvendo e comprometendo as equipas nos seus planos de ação.
Nestes planos definem-se, atempadamente, os pequenos passos progressivos para o alcance das metas inicialmente estipuladas. Um fator diferenciador é ir medindo os seus resultados ao longo do processo. Por outras palavras: faça check points e garanta o bom caminho!



Um check point nada mais é que um indicador de proximidade ou afastamento dos objectivos previamente definidos no planeamento. Se cada pessoa fizer uma auto análise dos seus recursos e implementar ações para os adaptar às intenções organizacionais, os próximos 3 meses podem ser diferenciadores.

Check points individuais:
• Que recursos tenho disponíveis e vou manter ou aumentar - tudo o que o colaborador tem ativo e o ajuda a realizar os seus objetivos e tarefas com sucesso: foco, organização, conhecimento técnico
Que recursos me estão a ajudar a alcançar os meus objectivos? quais deles podem ser melhorados? como o vou fazer?

• Que recursos não tenho disponíveis e vou disponibilizar - tudo o que o colaborador pode adquirir e que o vai aproximar ainda mais de uma melhor performance: ex. motivação
Que recursos posso disponibilizar para maximizar os meus resultados? o que posso fazer para disponibilizar este recurso?

• Que recursos vou evitar - tudo o que pode estar a impedir o colaborador de ter bons resultados: ex. má gestão de tempo
Que recursos podem estar a afastar-me dos meus resultados? que recursos preciso ter disponiveis ao invés desses?

Quando rentabilizamos os recursos que já temos disponíveis, quando reflectimos sobre os recursos que podem estar em falta ou que podem ser maximizados e evitamos tudo aquilo que nos está a impedir de ter sucesso, transformamos pessoas e
organizações em entidades eficientes e eficazes.

Núria Mendoza, Formadora & Coach LIFE Training

Pare, escute e olhe


“Estivemos próximos de marcar o primeiro e sofremos um golo no contra-ataque. Mantivemo-nos focados e partimos para cima deles para conseguir o empate quando, num lance dividido na nossa grande área, o arbitro assinalou penálti. 2-0! O jogo estava perdido...”
Este relato na primeira pessoa, de um conhecido jogador de futebol, exemplifica quase na perfeição a atitude mental que afecta inúmeras pessoas neste ultimo trimestre do ano.

Os objetivos foram normalmente definidos em Janeiro e 9 meses depois conseguimos já ter uma boa percepção se estão próximos de se cumprirem ou não. Esta avaliação propicia duas situações específicas e antagónicas que nos desmotivam no dia-a-dia.
Se percebermos que o objetivo já está quase atingido tendemos a baixar os níveis de concentração e foco, pois é quase garantido que o atingimos, baixando o nosso rendimento.

Por outro lado, se o objetivo está demasiado distante, desanimamos pois achamos que é impossível e perdendo a crença que podemos conseguir, agimos de acordo com a de não atingir, o que automaticamente prejudica a performance individual.
Uma solução para estes cenários é a reavaliação da meta e posterior redefinição, tendo em atenção fatores como tempo restante, recursos disponíveis, ajuda possível e aprendizagens passadas a serem utilizadas.


O momento de revisão das metas pode ser uma oportunidade fantástica para nos (re)motivarmos a conseguir chegar mais longe e deve fazer parte do processo natural de medição do nosso progresso.

Como diria Peter Drucker: “Se não pode ser medido, não pode ser gerido.”

Ricardo Peixe, Coach & Trainer na Life Training, Precursor do VencerGT.com

O que funciona, nas empresas?


Muitas das empresas portuguesas e no mundo, estão neste momento a olhar para os seus scorecards e a definir estratégias para o último trimestre de 2011. Projectos e acções que se querem assertivas, pois a margem para erro pode não existir. Uma decisão que se revele pouco eficaz poderá colocar em causa todo um ano de trabalho e sabemos que podemos colocar em causa, também, os anos vindouros.

Assim, em reuniões e nos corredores de cada uma destas organizações as perguntas pairam: O que podemos fazer? O que funcionará? O que fará com que alcancemos os resultados propostos para o ano?
Parto da noção que a força e pertinência das perguntas é mais eficaz que de facto as respostas encontradas. Desta forma podemos promover perguntas melhores ...ou piores nas organizações.
Existe sempre a possibilidade de responsabilizar a conjuntura, a concorrência, os clientes, etc., e todas estas circunstâncias têm a probabilidade de lá estar até ao final do ano. Logo, fazer isto, colocar-se ao que chamamos em efeito não altera nada à nossa volta. Colocar-nos em causa é a melhor opção, e será por exemplo fazer melhores perguntas, tal como esta: "O que é que nós fizemos?"

A noção que cada organização é responsável pelos seus resultados, é uma noção que por vezes magoa e também é aquela que cria mais diferenciação e valor acrescentado à organização.
"O que fizemos para ter este resultado agora?"

Através desta pergunta poderá encontrar as mais variadas respostas. A menos interessante será "Tudo!". Com um pequeno trabalho de benchmarking, tenho a certeza que descobrirá outras empresas e organizações, a fazerem coisas que a sua empresa não pensou, não fez. Sim, pode ter sido uma opção e se continuar a procurar, poderá encontrar uma que seria mesmo ideal ter aplicado na sua! O facto de não o ter feito significa que o seu resultado é o fracasso? Não, se escolher fazer melhor agora.

O pressuposto exaltado pela programação neurolinguística ”Não existe fracasso, apenas feedback“ desenvolve a noção de desenvolvimento, de melhoria. Só será feedback se a informação do passado lhe servir para melhorar o seu futuro, caso contrário será sim uma falha no percurso.

Tem quase três meses para possibilitar à sua empresa obter os objectivos definidos. Assim, aproveite para desenvolver ou recuperar esta noção de melhoria, de feedback. Pergunte-se o que fez e o que não resultou como esperava e liste o que não esteve lá: o resultado final; falhas técnicas; recursos humanos; logística, etc. Nessa lista, provavelmente, está o que terá que acrescentar ou garantir que acontece nos projectos futuros para que cada mais os seus resultados estejam presentes e de forma recorrente.
Entregue à sua empresa a oportunidade de aprender e melhorar. Pratique o feedback!

Lígia Ramos, empreendedora, criativa, formadora da LIFE Training e especialista em GRH

Como faz para VIBRAR?


Muitas vezes vejo ou ouço falar de pessoas que não estão motivadas, lhes falta a energia (que é precisa), não estão com boa vibração.

Ao ler este texto talvez lembre alguém que conhece… Mas qual é a vibração certa? Aquela que a liderança tem expectativa de ver? A vibração que a pessoa sente ao ajudá-la a concretizar a tarefa? E o que poderá levar alguém a não disponibilizar essa vibração e energia na execução da tarefa?

Recordo uma vez ter visto um rapaz às cavalitas do pai a ver uma dramatização medieval e… como aquele vibrava! Com dentes e punhos cerrados nalguns momentos, com olhos bem abertos noutros, com risos e sorrisos, com uma energia, satisfação e motivação que raras vezes vejo alguém ter a fazer algo. Tal como propõe a PNL, acredito que tal derivava do pensamento e forma como ele usava o corpo.

Importa então encontrar o mindset e uma postura que permitam um estado interno potenciador. A proposta que lhe faço é:

Em vez de vacilar quanto ao que quer, na decisão, na acção, na atitude, passe a Ver claramente dentro de si o que deseja que aconteça.

Em vez de permitir um “infectar” do ambiente em seu redor, Interesse-se sobre o que está à sua volta, informe-se, observe bem como acontece.

Em vez de consentir um bloquear de objectivos, de alternativas, Balize muito bem o que quer, escrevendo e visualizando como vai ser quando alcançar o que quer.

Em vez de entrar em estados de stress consigo ou com outros, Ria, promova diversão em vários momentos, procure novas perspectivas sobre o mesmo assunto, afecte positivamente o contexto ao longo do caminho para o objectivo.

Em vez de se afunilar a visão do que pode vir a ser, Agradeça por aquilo que já se tem ou se fez, pelos resultados existentes (os maus permitir-lhe-ão descobrir o que pode melhorar), enquanto age para obter melhor.

Em vez de se cair num recordar saudosista do que já foi ou aconteceu de bom, ou do tipo de pensamentos “se tivesse feito da outra forma…”, “se tivesse dito aquilo naquele dia…”, Refina o processo, reoriente a atenção e a acção ao longo do caminho para o objectivo.

Faça VIBRAR e ajude outros a VIBRAR. Após ver o que obtém, veja o que pode melhorar ou fazer diferente na forma como fez.

João Ricardo Pombeiro, coach, formador da LIFE Training na área comportamental

Arte de se liderar ... a si próprio!


Há muitos anos que um dos temas de eleição da formação para executivos é a liderança.

Progressivamente, o interesse pela temática foi-se alargando a muitas outras pessoas, proliferando os cursos, teorias, abordagens e literatura sobre a nobre arte de liderar.

Neste artigo, gostaria de lhe apresentar uma visão mais intimista e poderosa da liderança, mostrando-lhe um caminho baseado na auto-liderança. Chamo-lhe neuroliderança, com a intenção de colocar o foco do leitor no seu próprio sistema neurológico, ou seja, em si mesmo! Numa abordagem mais superficial da liderança, podemos discutir estratégias de comunicação, táticas de intervenção, processos de tomada de decisão, técnicas de gestão. Quando aumentamos a profundidade da análise, acederemos a uma galeria de estados emocionais, utilização da fisiologia, padrões de pensamento, filtros mentais, etc. E é precisamente aqui, acredito eu, que começa a mais apaixonante aventura de cada um na descoberta do seu próprio processo de liderança.

Em pleno século XXI, encontro ainda muitas pessoas que têm dificuldade em descrever com exatidão os seus relacionamentos (incluindo os profissionais) e em desenhar estratégias de sucesso para melhorarem os seus resultados. Por vezes procuram no exterior a resposta para as suas interrogações, buscando nos gurus e escolas de pensamento de gestão as fórmulas secretas para se imporem como líderes. Quando começam, por oposição, a explorar o seu interior descobrem que podem aprender a gerar e gerir os estados emocionais que lhes vão permitir tornarem-se eficientes líderes de si próprios e assim, pela via do exemplo e inspiração, também influentes líderes dos contextos em que se movimentam.

Se esta abordagem lhe está a parecer, caro leitor, sobretudo abstrata… então está cem por cento correto. É que as respostas à pergunta "o que devo fazer para me tornar um excelente líder" vão depender da especificidade do contexto. Agora a resposta à pergunta "como me posso tornar um líder excelente", essa está totalmente ligada à gestão do seu sistema, à capacidade de gerar pensamentos e de usar o seu corpo de forma positiva para gerar emoções poderosas. Bem-vindo ao mundo da neuroliderança, em que aprenderá também a fazer isto dentro do contexto da gestão de equipas e do desenvolvimento das organizações. Melhores pessoas, melhores organizações, melhores resultados são o objetivo desta abordagem.

Usando os mais recentes estudos na área de comportamento, o desenvolvimento da neuroliderança vai provavelmente permitir-lhe perceber os seus próprios processos de decisão, melhorar a comunicação e usar mais eficazmente os seus próprios recursos. Pessoalmente, acompanhei já milhares de pessoas na adoção de alguns destes princípios nas suas vidas pessoais e profissionais, pelo que sou um natural adepto desta poderosa abordagem que parte do individuo para a sociedade, do líder para a equipa. Independentemente da sua função e papel social, torne-se um líder, utilizando eficazmente os seus recursos para se tornar na melhor versão de si próprio. Torne-se um neurolíder! Até onde acha que pode chegar? Qual o máximo impacto positivo que acredita poder ter?

Para o fazer vai ter que aprender a definir com clareza os seus objetivos e intenções, apurar a capacidade de observação e manifestar flexibilidade comportamental. Quem ganha com isto? O leitor, para começar. E também os coletivos de que faz parte e que beneficiam da existência de comportamentos adequados de liderança pessoal: a família, a equipa, a empresa. Consegue imaginar como será uma nação em que abundam os exemplos de líderes esclarecidos, comprometidos e eficientes? Eu consigo e vibro com a ideia!


Pedro Vieira, CEO, Formador, Palestrante e Master Trainer em PNL da LIFE Training

Artigo previamente publicado no Jornal de Negócios

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