A Biologia da Crença

Quando, há alguns anos, Bruce Lipton escreveu "Biology of Belief" estava bem consciente do impacto que o seu livro teria sobre o grande público. Ao escrever sobre a forma como as nossas crenças afetam a nossa fisiologia, o autor/cientista estava plenamente preparado para lidar com a estupefacção de quem acredita que a nossa vida é governada pelos nossos genes.

Lipton fala da Epigenética sabendo que está simultaneamente a entediar muitos cientistas/biólogos de ponta (que lêem o seu livro e afirmam "já toda a gente sabe isto, Bruce") e a surpreender/chocar o grande público (que ainda está na fase de aprender a lidar com o determinismo genético que é regularmente vendido pelos media com notícias do género "gene responsável por X acaba de ser identificado").

Os nossos genes, explica Lipton, são como blueprints que podem ser lidos de muitas formas diferentes pelo nosso sistema. Da mesma forma que um mesmo livro pode ser lido de muitas formas diferentes, acrescento eu.

Claro que é interessante saber que palavras temos à nossa disposição num livro... Mais interessante ainda é perceber como as interpretamos!

Bruce Lipton fala-nos com paixão da Nova Ciência, que acredita que tudo é possível, desde que aprendamos a alterar as nossas crenças. Em lugar de sermos vitimas da nossa genética, somos criadores que utilizam a sua genética para gerar poderosas experiências humanas. Esta perspetiva é libertadora para uns, assustadora para outros... de acordo com as suas crenças! E tu, em que acreditas?

Uma coisa está clara para mim (é nisso que acredito temporariamente): a minha vida e a da minha família, apesar de podee ser afetada pelos nossos genes, não é certamente determinada por estes! Pois temos uma palavra a dizer através do exercício do nosso (aparente) livre arbítrio. Quando penso desta forma, fico entusiasmado e pronto a agir! E da ação saem novos paradigmas, novas crenças... expressas na nova forma como o meu sistema lê o material genético!

PS. Fico fascinado com frequência com a forma como os pioneiros da PNL, há 40 anos, conseguiram (através de simples observação de pessoas e seus comportamentos) intuir muito daquilo que a Biologia estuda em pleno século XXI.

Pedro Vieira, CEO, Formador, Palestrante e Master Trainer em PNL da LIFE Training


Artigo previamente publicado no blogue neuroestrategia.blogspot.com

3 Erros a evitarno próximo ano

O ano está prestes a terminar e estou certo que temos imensas aprendizagens a retirar dele.
Do meu trabalho com quase 15.000 pessoas ao longo ano, consegui reconhecer alguns dos erros mais comuns que custaram milhões a empresas e sucesso profissional e pessoal a milhares de pessoas.

Partilho-os para que todos possamos olhar e retirar as aprendizagens que queiramos, sendo certo que pelo menos ficamos com algumas dicas sobre o que pode funcionar.

Erro #1 – “Nada vai mudar”Albert Einstein disse um que “insanidade mental é fazer as mesmas coisas da mesma forma e achar que o resultado será diferente”. Sendo que neste momento da vida económica e política nacional e europeia, “achar que o resultado será igual, e continuara a fazer as mesmas coisas” é também insano.

O mundo está a modificar a passos largos, e é essencial que as empresas e colaboradores se mantenham ativos, atentos e ambiciosos na busca de novas e melhores soluções para que se manterem à frente do mercado. Estas são as melhores alturas para fazer um mix inteligente entre “best pratices” e inovação de fundo.
É sem duvida uma altura muito excitante, pois com o foco certo qualquer um pode chegar a um lugar cimeiro e tornar-se pioneiro num mercado, produto ou serviço.

Erro #2 – “Objetivos?”Não saber exatamente qual a meta é a melhor maneira de falhar! Com esta turbulência a acontecer quase numa base diária, é ainda mais importante sabermos exatamente o que queremos. Seja numa organização, seja no âmbito pessoal/profissional, conseguir definir com clareza o que queremos vai ajudar-nos a perceber qual o caminho para lá chegar e quais as implicações de o fazer.
As implicações ou o “preço a pagar”, é talvez um dos maiores impedimentos/motivadores à prossecução de um objectivo e ao conseguirmos fazê-lo com um sentimento de alegria, diversão e desafio enquanto o conseguimos.

Definir com precisão e ambição o que queremos, não é só um exercício mental poderoso, é algo que pode representar a diferença entre ter um 2012 fabuloso ou mais um ano a tentar sobreviver.

Erro #3 – “Eu é que sou importante”Se o foco da empresa ou o seu foco enquanto colaborador não é o de criar enorme valor com o seu produto, serviço, trabalho ou conhecimento, aconselho a fechar as portas já, antes que o “mercado” o faça.

Nos últimos 3 anos temos cada vez mais assistido a uma evolução nos consumidores, que modificaram os seus hábitos de consumo e estão neste momento mais informados, inteligentes, interessados e mais astutos na hora de aplicar o seu dinheiro. Desde um aumento da procura de informação online, ao fenómeno “word-of-mouth” catalisado pelas redes sociais, os nossos clientes valorizam cada vez mais o serviço, a entrega, a qualidade e a inovação...
A dura constatação é que nos tempos que correm não chega ser bom, é quase essencial ser excelente, ser um dos melhores... Estas são as boas notícias para quem está verdadeiramente focado em criar valor no mercado, pois esses receberão muito maiores recompensas do que antes.

Se é colaborador de uma empresa, esta mesma premissa se aplica ao seu trabalho... não há falta de empregos para os que são top na sua função... e neste momento já não chega “cumprir o objetivo e fazer o que pedem”. Se quer mesmo crescer profissionalmente, pergunte constantemente a si próprio “o que posso fazer hoje que ainda não fiz e me vai ajudar a superar o resultado e marcar a organização?”. Acredito que quanto mais respostas conseguir encontrar, maior será o seu sucesso.

Quando daqui a 20 anos, alguém lhe perguntar o que fez num dos anos mais desafiantes que Portugal, a Europa e o Mundo já enfrentaram, o que quer responder?

Ricardo Peixe, Trainer Life Training e Coach

O Paradoxo de Stockdale e Liderança

Sabe o que é o Paradoxo de Stockdale?
Ao reler um excelente livro de gestão, “Good to Great”, de Jim Collins, recordei este conceito. O paradoxo de Stockdale pode transmitir uma mensagem inspiradora e motivacional, para quem se quer manter ligado à excelência. E pode ser relacionado com a actual situação empresarial em Portugal.

Este paradoxo, refere-se à história do almirante Jim Stockdale, militar americano, prisioneiro durante a guerra do Vietname. Sobreviveu ao seu encarceramento nas mais impensáveis condições durante 8 anos, tendo mais tarde partilhado as suas reflexões. Baseado na sua experiência, Jim desenvolveu a crença que o que distingue as pessoas bem sucedidas não é a presença ou a ausência de problemas, mas sim a forma como lidam com essa realidade.

O segredo está em manter a esperança no sucesso independentemente dos desafios e ao mesmo tempo, encarar os factos mais brutais da realidade, sejam eles quais forem.
As equipas de gestão têm se confrontado, por um lado com os desafiantes factos da realidade empresarial portuguesa actual; e por outro, com a necessidade de tomar medidas que as permitam manter-se num óptimo desempenho e garantir que se valorizam as suas potencialidades.

Os líderes focados na excelência consideram esta regra psicológica, de esperança no sucesso versus análise dos factos brutais da realidade, na vida da organização. Por isso estão focados em:

• Desenvolver uma atitude de confiança para com os colaboradores
• Desenvolver a capacidade de encarar os factos e lidar com eles sem otimismo
• Consciencializar que mais importante que motivar pessoas é não as desmotivar, e uma das principais formas de isso acontecer é ignorando a realidade.

Outra estratégia de sucesso usada por Jim Stockdale, foi a envolvência dos seus companheiros de cela, questionando-os e partilhando com eles ideias e sugestões. Transpondo para as nossas empresas, significaria investir numa cultura de envolvência e escuta activa dos colaboradores e na partilha dos reais indicadores da organização.

Para tal:
• A comunicação deve ser liderada por perguntas
• Haver total abertura para diálogo e debate de ideias e opiniões dos intervenientes

• Fazer diagnóstico da realidade sem censuras nem julgamentos
• Ter alertas para toda a informação que possa ser pertinente
Será o paradoxo de Stockdale uma boa abordagem? Como é que vai saber? ;)


Núria Mendoza, Formadora & Coach LIFE Training

Gerir melhor o Tempo

24 horas é o tempo definido para que a Terra rode em torno de um eixo imaginário, dando uma volta completa sobre si mesma nesse período.

Algumas pessoas parecem ter a crença que não dará para fazer mais com um tempo tão limitado de …tempo, e que se encontrassem o génio da lâmpada agora, pediriam mais umas horas para ser possível fazer mais.

A esses eu digo: Que desperdício de Desejo… pois com alguma rapidez iriam detetar que mais horas não significam, melhor utilização das mesmas.

Encontro mesmo algumas pessoas que quantas mais horas têm disponíveis para decidir o que fazer com elas, menos produtivas se tornam.
Desta forma, talvez seja mais útil que, em vez que querer controlar algo que não está na nossa zona de controlo (pois ainda não conheci alguém capaz de abrandar a rota da terra a esse ponto!), encontrar a forma de melhorar a nossa relação com o tempo. Tudo volta aos relacionamentos :).
Aqui estão algumas dicas para quem quer começar 2012 a tornar o tempo num seu aliado:

Dica 1) O seu calendário, tem tantas marcações sobrepostas que provavelmente não vai cumprir?
Decida hoje alterar o seu calendário para intervalos de 10m em vez dos habituais 30m. E marque reuniões ou tarefas com o tempo real que necessita!

Dica 2) Acontece muitas vezes marcar coisas e depois não comparecer ou desmarcar?
Mantenha o seu calendário (agenda) actualizada, para que marque coisas em momentos em que tem real disponibilidade. Encontre a melhor forma para a sua agenda, para uns será o telemóvel, para outros o papel, para outros ou ainda um bloco…encontre a sua forma ideal!

Dica 3) Algumas vezes dá por si a não cumprir nenhum dos seus objetivos para o dia, pois teve de socorrer algum imprevisto?
Guarde pelo menos 20m diários sem compromissos no seu calendário para que caso tenha algum imprevisto os seus objetivos possam ser igualmente cumpridos no dia ou nos dias seguintes. Pois de outra forma cria o efeito bola de neve!

Dica 4) A pilha de papéis na sua secretária está sempre a crescer?
Conceda a si próprio o direito de gerir. Marque dias específicos para tratar de x assunto. E decida em que dia faz mais sentido fazer x tarefa, seja dono do seu trabalho!

Dica 5) Tem algumas vezes a sensação que não tem tempo para si?
O seu dia começa quando você decidir, escolha a sua hora de acordar e deitar (lembre-se que os ciclos de sono quando respeitados atribuem mais sensação de descanso (90m cada/média) e aproveite todos os momentos para estar consigo próprio, paragem nas filas de transito, a cabeleireira, a espera à porta da escola das crianças. Desligue o computador a TV e escolha ficar alguns momentos consigo próprio/a!

Após ter trabalhado mais de 9 anos a viajar sistematicamente, coordenando este facto com o cumprimento de prazos que dependiam de terceiros e ainda a minha vida familiar, aprendi que o tempo é o que eu faço dele! E mais importante: se eu tenho muito ou pouco é indiferente. O que interessa é o que eu faço com ele!

Aproveite este fecho de ano para pensar como se têm relacionado com o seu tempo e se algum resultado não corresponder, parece-me uma boa altura para mudar! E a si?

Lígia Ramos, empreendedora, criativa, formadora da LIFE Training e especialista em GRH

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