O poder das nossas crençasI : Desalento e acção


Vou lendo por aqui e por ali, alguns momentos de desalento de descrédito, de falta de auto estima e de baixar de braços, seguramente de pessoas que se sentem momentaneamente com menos recursos internos disponíveis (para ultrapassar dificuldades) do que normalmente terão.

Frases como “Eu não acredito no amor”, “estou desesperada/o”, “detesto o meu trabalho”, “não acredito nas pessoas” e tantas outras frases que me levam a pensar que pessoas extraordinárias estão a desperdiçar o seu potencial com pensamentos e escolhas negativas.

Muitas pessoas escrevem sobre este assunto e muitos dos amigos e amigas, dizem com desprezo, “eu detesto livros de auto ajuda”…
Estou convencido que há preconceitos sobre o género ou, pensando de forma mais radical, há medo em serem alertados para factos, para atitudes da nossa vida que são postos em evidência por esses mesmos textos, colocando-nos em causa e alertando-nos que estamos em efeito.

Há medo em concluir que para se melhorar a qualidade de vida é necessário sair convictamente da nossa zona de “conforto” e arriscar, romper rotinas, que temos os recursos necessários para atingirmos os nossos objectivos, entender que o fracasso é aprendizagem, entender que se pode ver a realidade com “óculos” diferentes, resultando disso diferentes “verdades”, entender que sem objectivos claramente definidos qualquer caminho serve para nos levar ou não nos levar a lado algum.

Um dia, li num livro de Anthony Robbins, um pensamento mais ou menos assim:
Num determinado momento, se uma pessoa diz a si mesma que não acredita no amor, se tem essa expectativa de fracasso nessa área, quanto do seu potencial de amar se irá realizar?
Seguramente não muito!

Ela já disse a si mesma, já enviou um sinal ao seu sistema, ao seu cérebro, para que este fracasse nessa área.
Tendo começado com essas expectativas, que tipo de acções irá essa pessoa provavelmente empreender?
Serão confiantes, energéticas, congruentes e assertivas?
Vão essas pessoas reflectir o seu verdadeiro potencial para amar?
Não, será muito pouco provável que assim seja!
Se uma pessoa está convencida de que tudo vai fracassar, para quê o esforço de tentar arduamente?

O que se passa é que uma quantidade de potencial já empreendeu acções de indiferença que anulam acções futuras.
As crenças entram numa cadeia, numa espiral descendente clássica.
Olhar para o fracasso enquanto falhanço, cria mais fracasso.
As pessoas que são infelizes e que vivem esmagadas pela dor, seja de que tipo for, estiveram durante muito tempo sem resultados e já não conseguem acreditar.

Pouco ou nada fazem para realizar o seu potencial e começam a descobrir como é que podem levar a sua vida a um ponto em que façam o menos possível obtendo resultados que deitam ainda mais abaixo as suas crenças em vez de fazerem o contrário.

Li também mais tarde que:
"Se fizermos quilo que sempre fizemos, obteremos aquilo que sempre obtivemos”.

Convido-vos a pensar um pouco no alcance desta frase, e no próximo artigo partilharei algumas fórmulas para uma mudança de paradigma. :)
Até lá, votos de bons pensamentos!
 
Paulo Espírito Santo, Master practitioner, coach e formador LIFE Training

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